Segundo dirigentes da campanha, ela afirmou que só apareceria no programa eleitoral caso houvesse uma polarização clara entre o petista e José Serra (PSDB).
Como as pesquisas mostram Haddad muito atrás de Celso Russomanno (PRB) e em empate técnico com Gabriel Chalita (PMDB), Dilma disse que sua entrada na disputa prejudicaria dois partidos que apoiam seu governo.
Líderes petistas acreditam que o candidado do ‘kit gay’ poderá começar a crescer com o horário gratuito, que vai ao ar no próximo dia 21, mas só terá fôlego para ultrapassar Russomanno a partir da metade de setembro. Neste cenário, os dois candidatos disputarão uma vaga no segundo turno contra Serra até as vésperas da eleição.
Postura presidencial
A neutralidade da presidente foi cobrada pela cúpula do PRB, que se reuniu com ela depois de Russomanno se aproximar de Serra. Segundo o presidente do partido, Marcos Pereira, Dilma prometeu não gravar para Haddad.
No domingo (5), o candidato do PT disse não ter conversado com a ex-chefe sobre o tema, mas afirmou que não tentará pressioná-la a rever sua decisão. ”Tenho que compreender a posição da presidente e me submeter aos seus desígnios. Compreendo perfeitamente a decisão que ela tomar e o grau de envolvimento que ela vai ter”, disse Haddad.
“Vamos começar as gravações com o (ex) presidente Lula. Os dois são igualmente populares, e o presidente está 100% disponível para a campanha”, acrescentou o candidato do ‘kit gay’.
Erundina
Após carreata na zona leste de São Paulo, Haddad disse que não comentaria as novas críticas de sua ex-vice Luiza Erundina (PSB) à aliança com o rival Paulo Maluf (PP). ”A Erundina basicamente recolocou o mesmo argumento de um mês atrás. Rigorosamente, não há o que comentar”, disse. “Respeito a posição dela, e fico muito feliz de ela estar me apoiando”.
Ele afirmou que Maluf não participará de sua campanha de rua. “Ele nem tem interesse. Todo mundo sabe disso”.

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Fonte: Folha