domingo, 28 de julho de 2013

Onde estão os pregadores da "Teologia da Prosperidade"? Com certeza, não estão na Somália!

Ações humanitárias vêm sendo feitas para salvar vidas Foto: Thomas Mukoya / Reuters

Programa exibido no dia 14/08/2011


A Grande Reportagem: O Domingo Espetacular esteve em um lugar que morre lentamente. Na região chamada de Chifre da África - que abrange Eritreia, Djibuti, Etiópia, Somália e Quênia -, mais de 12 milhões de pessoas estão perto da morte. A pior seca dos últimos 60 anos no leste do continente assola os países, provoca a fome e uma legião de crianças subnutridas. A Somália ainda sofre com uma guerra civil por conflitos religiosos que já dura 20 anos. Estima-se que 1.800 pessoas cheguem por dia ao maior campo de refugiados do mundo, localizado na cidade de Dadaab, na fronteira com o Quênia. Já na Etiópia, a epidemia de sarampo já matou mais de 17 mil pessoas. Veja a reportagem e conheça uma região do mundo que pede por socorro.


 Vítimas da fome, crianças somalis não têm força nem para chorar

Um silêncio perturbador domina o campo de refugiados de Badbaabo, o maior de Mogadício, capital da Somália. Surpreendentemente, o choro de criança é raro, relata Marcelo Ninio, enviado especial da Folha a Mogadício, na Somália.

Apesar do estado agudo de desnutrição de milhares de pessoas precariamente acampadas em tendas feitas com galhos de árvores, o instinto infantil mais básico parece ter sido derrotado.

O silêncio dos refugiados é produto da debilidade física, mas também da impotência diante de um desastre natural agravado por duas décadas de guerra civil na Somália e pelo atraso das agências internacionais em reagir.

Vivendo a pior seca em 60 anos, a região conhecida como "Chifre da África" fez ressurgir as imagens das crianças etíopes esqueléticas que comoveram o mundo no meio da década de 80.



Andre Liohn/Folhapress
Mulher segura criança com desnutrição no Hospital Benadir, em Mogadício, na Somália
Mulher segura criança com desnutrição no Hospital Benadir, em Mogadício, na Somália


Fonte: Folha de são Paulo- R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário