segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O documento religioso do casamento infantil turco desencadeia raiva.

As mulheres detêm cartazes "queremos a vida", enquanto protestam no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher em Istambul, Turquia, 25 de novembro de 2017Image copyrightEPA
Legenda da imagem ATurquia tem manifestado protestos por grupos de direitos das mulheres
O principal partido de oposição da Turquia pediu um inquérito parlamentar depois que a diretoria de assuntos religiosos disse que, de acordo com a lei islâmica, garotas de até 9 anos podiam se casar.
Os comentários dos Diyanet provocaram um derramamento de raiva nas mídias sociais dos grupos de mulheres turcas.
A diretoria insistiu que só definia pontos da lei islâmica.
A idade legal do casamento de Turquia é 18, mas a prática de casamentos menores de idade nas cerimônias religiosas é generalizada.
A lei turca também permite que os jovens de 17 anos se casem com o consentimento de seus pais ou responsáveis ​​ou de 16 anos em circunstâncias excepcionais com a aprovação do tribunal.
O atual protesto foi iniciado por uma declaração na adolescência publicada on-line pelo Diyanet, o órgão estatal que administra instituições religiosas e educação.
Ele disse que, de acordo com a lei islâmica, o início da adolescência para meninos tinha 12 anos e para as meninas de nove anos. No mesmo site, disse que quem alcançou a idade da adolescência tinha o direito de se casar.
Trinta deputados do principal Partido Popular Republicano da oposição (CHP) pediram ao governo que inicie uma investigação sobre o casamento infantil.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, cumprimenta as pessoas durante a cerimônia de abertura de uma mesquita em Ancara, Turquia, 27 de outubro de 2017Image copyrightREUTERS
Título da imagemO presidente islâmico de Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é visto como simpatizante do conservadorismo religioso
Murat Bakan, deputado da CHP para Izmir, disse no Twitter: "O Código Civil Turco afirma claramente que a idade adulta começa aos 18 anos de idade. Os casamentos precoce violam os direitos das crianças, os direitos das mulheres e os direitos humanos. Como deputados da CHP pedimos ao parlamento que investigue casamentos infantis ".
Em uma declaração posterior, o Diyanet disse que só estava definindo a lei islâmica e que não aprovava os casamentos precoce.
"Forçando uma jovem a se casar com alguém antes de obter a maturidade psicológica e biológica, e antes de ganhar a responsabilidade de fazer uma família e se tornar mãe, não cumpriria com o Islã, que coloca o consentimento e vontade como condição de casamento" disse.
"Nossa diretoria nunca aprovou casamentos antecipados no passado, e nunca".
Correspondentes dizem que, apesar das garantias da diretoria, a desconfiança do corpo ainda permanece entre os grupos seculares.
Nos últimos anos, a Turquia tem aumentado a tensão entre os adeptos da sua constituição secular e aqueles que favorecem o conservadorismo religioso.
Em 2016, o governo retirou um projeto de lei que perdoou homens condenados por sexo com menores de idade se eles tivessem se casado com eles.
Os críticos disseram que legitimariam violações estatutárias e incentivariam a prática de tomar noivas infantis.
O projeto de lei provocou protestos de rua em toda a Turquia e foi condenado no exterior.

Fonte BBC

Turquia poderá legalizar casamento com meninas a partir dos 9 anos

No poder desde 2003, o presidente Recep Tayip Erdogan tem sido acusado de transformar a Turquia em um país regido pelas leis religiosas islâmicas (sharia), opondo-se ao sistema secular adotado pelo país desde sua formação, em 1923, após o fim do Império Turco Otomano.
Embora ele negue, seu governo dá sinais que pretende realizar mudanças profundas na sociedade turca. A direção turca de assuntos religiosos (Diyanet), uma poderosa instituição pública, passou a receber fortes críticas após ter afirmado que as meninas poderiam se casar a partir dos nove anos.

O diário turco Hürriyet publicou uma declaração oficial da Diyanet sobre planos para, seguindo a lei islâmica, estabelecer a idade mínima para casamento de 12 anos para os meninos e 9 para as meninas.A declaração, que é uma nota explicativa relativa à lei islâmica, acabou sendo retirada da página do jornal, por causa da grande polêmica. Muitos setores da sociedade turca insistem que questões religiosas não poderiam se sobrepor às leis em vigor no país. Grupos de defesa dos direitos das mulheres também se manifestaram fortemente contra a Diyanet, acusando-a de “legitimar as agressões sexuais contra as crianças”.A idade legal para contrair matrimônio na Turquia é 18 anos, podendo os país autorizarem o casamento a partir dos 16 anos, em regime de excepcionalidade.Ekrem Keles, um dos responsáveis pela Diyanet, afirmou nesta quinta-feira (4) ao Hürriyet que poderia haver mudanças, mas não rebaixando tanto a idade mínima de casamento. O órgão de assuntos religiosos publicou um comunicado afirmando que “nunca aprovou nem aprovará os casamentos de crianças”, e que apenas se limitou a descrever a lei islâmica.Apesar de ser contra a lei, o casamento de crianças é uma realidade, como na maioria dos países islâmicos. Segundo os clérigos, isso foi autorizado pelo profeta Maomé que, conforme os hádices (tradição islâmica) casou-se com sua terceira esposa, Aisha, quando ela tinha seis anos de idade, embora só teria consumado a relação quando ela tinha 9 anos.
Gaye Usluer, deputado do Partido Republicano do Povo (social-democrata), principal sigla da oposição a Erdogan no Parlamento, acusou o governo de estar “mais interessado em quando casar as menores de idade enquanto são necessárias discussões sobre a educação e saúde das crianças”.
Trinta deputados de seu partido pediram uma “investigação” sobre o casamento infantil no país. Murat Bakan, deputado da mesma agremiação política, disse que isso violaria os direitos humanos, uma discussão em alta no país desde que Erdogan mudou as leis para facilitar as prisões de pessoas que ele diz terem conspirado contra ele no pretenso golpe fracassado, em julho de 2016. Com informações BBC

Batismo de indígenas por pastores gera ira na esquerda












Em setembro do ano passado, o pastor Isac Santos divulgou fotos de um batismo que realizou numa aldeia de índios xavantes que vivem na cidade de Água Boa, no Mato Grosso. As imagens geraram uma avalanche de protestos e ele, por pressão de movimentos de esquerda, ele acabou denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), acusado de “genocídio cultural”.
Agora, algo muito parecido está acontecendo com o pastor Samoel Maia, da Igreja Universal. No último dia de 2017, o líder religioso realizou um batismo de indígenas do Barra do Garças, também no Mato Grosso. O caso gerou críticas nas redes de pessoas claramente identificadas com a ideologia esquerdista. A acusação é que essa “prática de doutrinação de indígenas” fere o artigo 231 da Constituição Federal.
As fotos da cerimônia foram divulgadas no Facebook do pastor, que é do Ceará. Na legenda, ele explica que 35 indígenas “se entregaram ao Senhor”. Ele não identifica por nome o pastor que aparece fazendo o batismo. A postagem foi compartilhada mais de 12.500 vezes, recebendo mais de 5 mil comentários
Alguns internautas estão acusando o pastor de “genocídio cultural” e “escravização” dos índios. Há quem prometa que irá denunciar o líder religioso ao Ministério Público.
Um dos comentários que gerou o maior número de reações diz: “Não é essa conduta que o pai pede de nós, forçar o outro a seguir a igreja. Os índios são respeitados por Jesus por serem quem eles realmente são. Sei que fazem essas catequizações por amor, mas isso acaba destruindo os costumes e as crenças de um povo complemente conectado com Deus e com a mãe terra… Eles são os guardiões dessa terra, sabe? Matar a cultura do outro para impor a nossa é um crime. O cristianismo é respeito ao outro, é amor puro… O próprio Jesus não tinha religião alguma. Isso é coisa do homem…”.





Um pequeno número de cristãos tentou argumentar que existe liberdade religiosa no país e lembrar que não há ninguém sem pecado, portanto todos precisam de salvação. Mas foram igualmente atacados no que parece ter sido um movimento orquestrado.
Curiosamente, muitos os usuários acusam o pastor de intolerância com a religião indígena ao mesmo tempo que demonstram desprezo pelo cristianismo. Uma mulher, que se diz “budista, mas neta de indígenas” afirma: “Sua Bíblia, hoje tira a honra de povos ancestrais”.  Entre os adjetivos para o pastor da foto estão “abominável”, “podre” e “colonizador do diabo”.
fONTE: https://noticias.gospelprime.com.br/