Entendo que crente não combina com balada. Para quem pensam que é radicalismo, deixo a definição de um site jovem que encontrei: “ba.la.da sf. 1.Música dançante tocando altamente, para turbinar o sangue. 2. Beijo na boca estilo filme (Pulp Fiction – Tempo de Violência). 3. Pop. Diversão garantida e prazeres vividos. 4. Adrenalina, corpo pegando fogo. 5. O básico, essencial”.
Mais do que uma simples diversão, a balada é uma filosofia de vida. Leia atentamente o relato de Onna Roxane, em Spiner – site para jovens: “Balada dá a esperteza que precisamos para estarmos mergulhados neste mundo às avessas. O que seria de nós sem os beijos noturnos, sem os abraços quentes, sem as músicas estourando os tímpanos? É na balada que descarregamos nossos cansaços, nossos desgostos, nossa falta de bom senso. Na madrugada fria nos aquecemos e na quente pegamos fogo. É o nosso momento mais jovem. Como o mundo está em constante transformação, estamos ganhando responsabilidades cada vez mais cedo, temos uma vida de pseudo adultos e não de jovens”.
E então, o cristão pode participar de balada? A resposta parece óbvia. Não (Rm 12.1-2)! Mas há crentes que gostam de baladas. Eles viram as noites dos sábados para os domingos nas noitadas, às vezes em shows e bailes, muitas vezes sentados numa roda de cerveja (e outras coisas mais!) com amigos, jogando conversa fora. Alguns argumentam dizendo: “Mas eu não bebo, não fumo e nem uso drogas… Só gosto de dançar, de curtir… Mas é só uma festa de aniversário… Mas os pais do aniversariante estarão lá… Mas eu não faço nada de errado… Mas fulano(a) vai… Mas…”
No fundo todos sabem o que vai rolar, sabem como será a festa, sabem que nada ali glorificará a Deus (1Co 10.31). Então, por que participar? Por que ir a um lugar destes? A resposta mais comum é: “Porque eu gosto!”. E este é o nosso maior problema. Amamos as obras da carne (Gl 5.17), nosso desejo é quase sempre para o mau (Tg 1.14). Portanto, cuidado com suas vontades e escolhas. Não chame ao mal bem e nem faça das trevas luz (Is 5.20). Deus fala claramente que antes nós seguíamos o mundo e os nossos próprios desejos (Ef 2.1- 3). Agora, no entanto, somos filhos da luz, e devemos viver da forma certa, como sal e luz (Mt 5.13-16), mostrando que somos novas criaturas (Gl 2.22; Ef 2.4-7).
Participar de baladas é, no mínimo, concordar com elas, dizer que não há nada de errado ali, que aquelas pessoas podem continuar na mesma. Como crentes, porém, faríamos muito bem se seguíssemos o conselho de Paulo: “Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2.22). Não devemos nos associar com pessoas imorais (1Co 5.9), mas viver pelo Espírito de modo a não satisfazer os desejos da carne (Gl 5.16), e ter o nosso prazer na lei do Senhor (Sl 1.1-2).
Além de testemunho, ficar longe de baladas evita a tentação e traz proteção, pois mesmo que o crente esteja sóbrio, alguém ao redor pode não estar. Todos sabem que baladas e barzinhos têm por ênfase estimular o consumo de álcool, de forma que é comum vermos pessoas embriagadas em lugares assim (Pv 20.1; 23.29-35). A Bíblia é clara, a vontade de Deus é que sejamos santos em práticas, pensamentos e posturas (1Ts 4.3-8). É por isso (e muito mais!) que digo: “Crente não combina com balada (2Tm 2.22)”.
Pr. Leandro B. Peixoto
Pastor da Igreja Batista Central de Campinas – São Paulo
ibcentral@ibcentral.org.br
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