18 nov 2011Indonésia
Líderes religiosos, muçulmanos e cristãos intelectuais, membros da sociedade civíl indonésia, condenaram o comportamento do prefeito de Bogor, Diani Budiarto, que continua a ignorar a decisão Constitucional do tribunal, que autoriza os cultos em comunidades protestantes da igreja Yasmin.
Para proteger a liberdade religiosa e promover a tolerância no país são necessárias medidas fortes e autoritárias, capazes de reforçar a lei e o princípio de “unidade em diversidade” na Pancasila, apoiado até entre oficiais da região. Explicando que em 2010 houve 47 casos de ataques ou violência contra igrejas cristãs, o ativista Theophilus Bela chama para uma grande “consciência na sociedade” sobre a importância da liberdade religiosa e respeito ao direito das minorias.
Durante meses, a igreja de Yasmin, em Bogor (Província de Java Ocidental), tem sido vítima de uma violação da lei, cometida pelo prefeito local, Diani Budiarto que, sem levar em consideração a sentença do Tribunal em favor dos cristãos, impede a realização de cultos. O prédio estava de acordo com a sentença estabelecida na lei e tem a autorização de construção, e a documentação legal necessária para igrejas e casas de orações.
O professor Azyumardi Azra, reitor da Universidade Estadual Islâmica em Ciputat (Tangerang Sul), estado onde ninguém que comete atos de violência contra outros grupos religiosos é condenado, condena a lentidão do governo em acusar o prefeito de Bogor, que deveria ser colocado em julgamento.
No entanto, o professor alerta que um caso isolado não pode ser considerado como um “representante” de uma intolerância geral dirigido à minoria religiosa na Indonésia. O Prof. Azra também alerta contra o Jornal Western, que rapidamente tira conclusões sobre o crescimento da perseguição indiscriminada e a Pancasila como a melhor ideologia para uma sociedade multiétnica.
A cristã ativista Elga Sarapung da Interfidei em Yogyakarta, na Java Central, confirma que o governo é obrigado a reforçar a lei. Ela reitera que o prefeito de Bogor poderia ter sido retirado do cargo pois é incapaz de “promover segurança para o povo”. Em contraste, ela apresenta a necessidade de promover fortemente o conceito de “tolerância” e desencorajar o medo da diversidade.
Essa é uma opinião compartilhada pelo padre Benny Susetyo, da Comissão de Conferência Episcopal do diálogo inter-religioso, que denuncia a falta de “neutralidade” nos círculos governamentais. Especialmente quando isso se torna um assunto que afeta a minoria religiosa.
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